Pelo menos 12 elefantes foram abatidos por caçadores furtivos numa semana no Parque Nacional das Quirimbas (PNQ), província de Cabo Delgado, norte de Moçambique, revelou um comunicado do PNQ divulgado este sábado.
O comunicado assinalou a presença nos distritos de Ancuabe e Meluco de quatro homens, envergando uniformes militares e munidos de metralhadoras do tipo AK-47, que se dedicam ao abate de elefantes.
Segundo refere o Notícias, de Maputo, os indivíduos ameaçam matar qualquer cidadão que se recuse a colaborar com eles nas suas incursões, sobretudo no carregamento dos troféus.
Os responsáveis pelo PNQ mostram-se preocupados com a elevada prevalência abate ilegal de elefantes, e com os sofisticados recursos usados pelos caçadores furtivos, apesar de nos últimos meses terem sido efectuadas várias detenções.
No entanto, assinala o comunicado, "nenhum dos casos remetidos à Procuradoria e Tribunal na Cidade de Pemba relativos ao porte ilegal de armas e abate indiscriminado de elefantes na área do PNQ teve até aqui um desfecho satisfatório'.
O documento avança que depois de extraído por vias fraudulentas, o marfim é transportado num helicóptero cuja proveniência e chapa de matrícula não foi possível apurar, para um destino igualmente desconhecido.
As autoridades já identificaram indivíduos que se presume sejam colaboradores da quadrilha, tendo já sido destacada, para o local do abate, uma equipa de fiscais e agentes da Polícia da República de Moçambique para averiguar as circunstâncias em que se deu o abate dos animais e o transporte dos troféus.
O Parque Nacional das Quirimbas é uma área protegida que ocupa uma extensão territorial aproximada de 7500 quilómetros quadrados.
Fonte: Jornal de Noticias
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